sábado, 31 de março de 2012

A dona que eu amo - Amancio Prada (Cantiga de Amor)

A lírica trovadoresca: Cantiga de Amor.



Aspectos históricos do Trovadorismo: A sociedade submissa á Igreja.

Da idade média á sociedade vivia no feudal ( grandes latifúndios comandados pelos nobres e faziam os servos (trabalhadores) á trabalharem com condições sub-humanas) e era formada por três grupos: clero, nobreza e povo. Percebe-se que continha uma relação de dependência definida nas camadas sociais: os trabalhadores rurais (servos) eram vassalos dos nobres, que por sua vez, eram vassalos do rei que eram vassalos
" da vontade divina".

A sociedade era contida pelo espírito teocêntrico, em outras palavras, Deus era como o centro do Universo, contribuía para manter e justificar o sistema feudal. Pode-se exemplificar: "um servo será servo para sempre pois Deus quiz assim e sempre será!" A sociedade feudal era extremamente religiosa, frequentava a igreja, romarias, peregrinações e cerimônias religiosas.

A visão teocêntrica e a relação de vassalagem iriam caracterizar não apenas a literatura como também a pintura e a arquitetura.



Imagem: passeiweb.com

sexta-feira, 30 de março de 2012

Quem canta...

Seus males espanta!


O ditado é antigo e tem muito a ver com o Trovadorismo. Movimento literário que surge quando Portugal estava no processo de formação nacional. É a primeira manifestação literária da Língua Portuguesa.


Caracterizado pelas canções escritas por artistas de origem nobre que compunham e cantavam com instrumentos musicais, tem seu marco inicial com a cantiga "Cantiga da Ribeirinha" (ou Cantiga de Garvaia) escrita por Paio Soares de Taveirós em 1189 (ou 1198, existe controvérsias sobre a data).


Reproduzimos agora a "Cantiga da Ribeirinha" que marca o início do movimento literário em Portugal.


"No mundo nom me sei parelha,


 mentre me for' como me vai, 


ca ja moiro por vos - e ai 


mia senhor branca e vermelha, 


queredes que vos retraia 


quando vos eu vi em saia! 


Mao dia que me levantei, que vos enton nom vi fea! 


E, mia senhor, des aquel di' , ai!  


me foi a mim muin mal, 


e vós, filha de don Paai 


Moniz, e ben vos semelha 


d'aver eu por vós guarvaia, 


pois eu, mia senhor, d'alfaia 


nunca de vós ouve nem ei 


valia d'ua correa". 


O blog tem como objetivo disseminar o conhecimento deste movimento literário trabalhando seu contexto histórico, influência na sociedade e analisar separadamente as formas literárias encontradas dentro do movimento, as cantigas que são: amor, amigo, escárnio e maldizer, a importância das cantigas, os cancioneiros, as novelas de cavalarias, cronicões, hagiografias, livros de linhagens e os principais trovadores.


A análise será feita através da publicação de textos e das referências bibliográficas utilizadas para sua confecção. Adaptação de algumas cantigas na forma de música e análise das novelas de cavalaria presentes no movimento também.


REFERÊNCIA:
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/c/cantiga_da_ribeirinha