JOÃO ZORRO
I BIOGRAFIA
Jogral talvez português, que terá exercido
a sua atividade no reinado de D. Dinis, provavelmente nos seus anos iniciais. A
existência do seu apelido na documentação portuguesa e as referências repetidas
que faz a Lisboa nas suas composições parecem confirmar estes coordenadas
espacio-temporais. Não localizamos
dados precisos sobre sua biografia.
II AS CANTIGAS
1 - Bailemos agora, por Deus, ai velidas
(Cantiga de Amigo)
2 - Cabelos, los meus cabelos
(Cantiga de Amigo)
3 - El-rei de Portugale
(Cantiga de Amigo)
4 - Em Lixboa, sobre lo mar
(Cantiga de Amor)
5 - Jus'a lo mar e o rio
(Cantiga de Amigo)
6 - Mete el-rei barcas no rio forte
(Cantiga de Amigo)
7 - Os meus olhos e o meu coraçom
(Cantiga de Amigo)
8 - Pela ribeira do rio
(Cantiga de Amigo)
9 - Pela ribeira do rio salido
(Cantiga de Amigo)
10 - Per ribeira do rio
(Cantiga de Amigo)
11 - Quem visse andar fremosĩa
(Cantiga de Amigo)
III ANÁLISE DA
CANTIGA
El-rei de Portugale
barcas mandou lavrare,
e lá irá nas barcas sigo,
mia filha, o voss'amigo.
El-rei portugueese
barcas mandou fazere,
e lá irá nas barcas sigo,
mia filha, o voss'amigo.
Barcas mandou lavrare
e no mar as deitare,
e lá irá nas barcas sigo,
mia filha, o voss'amigo.
Barcas mandou fazere
e no mar as metere,
e lá irá nas barcas sigo,
mia filha, o voss'amigo.
Trata-se de uma cantiga de amigo, do tema
barcarola. Encontramos nesta poesia em sua estrutura, dois cobras e um estribilho (refrão), características das cantigas de amigo. Esta poesia, o eu
lírico é informado de uma navegação que sairá de Portugal, e que seu amado irá
nesta embarcação. O eu lírico recebe esta informação a cada momento em que uma
etapa da construção da embarcação é finalizada, até a hora em que se coloca nas
águas. Não temos a expressão de sentimentos avassalador ou alguma reação do eu lírico
á receber essas informações da partida do amado.
IV MANUSCRITO
El-rei de Portugale - Cancioneiro da
Biblioteca Nacional - B 1153
El-rei de Portugale - Cancioneiro da
Vaticana - V 755
VI REFERÊNCIAS
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